MÚSICA NO TEMPO DO FIM

Entre tantos eventos importantíssimos na história deste mundo e da humanidade o relato bíblico apresenta três, absolutamente fundamentais, que são marcados pela música. O primeiro foi quando o Criador lançava os alicerces da Terra e “as estrelas matutinas juntas cantavam e todos os anjos se regozijavam” (Jó 38: 4 e 7, NVI). O segundo, cerca de quatro mil anos depois, ocorreu quando alguns pastores de ovelhas cuidavam de seus rebanhos à noite e meditavam na vinda do prometido Redentor. Nesse ambiente foram eles surpreendidos pelo cântico angélico que anunciava a materialização de seus anelos: “Glória a Deus nas alturas, e paz na Terra aos homens aos quais Ele concede o Seu favor” (Lucas 2:14, NVI). E o terceiro evento diz respeito à história do pecado, do mal e da morte em que os remidos vencedores foram mostrados a João estando eles perfilados junto “a algo semelhante a um mar de vidro”, cantando “o cântico de Moisés [...] e o cântico do Cordeiro” (Apocalipse 15: 2 e 3, NVI). Tudo isso basta para entendermos a importância da música na adoração; para entendermos o Grande Conflito contra o Criador de todo o bem; para entendermos os ataques do inimigo, ora escancarados ora sutis, ao ministério da música sacra. Esses ataques são desferidos na forma de alterações na qualidade da música, nas distorções rítmicas, no vazio poético, no autocentrismo humano, e em tantas outras características da música não destinada à adoração do Altíssimo. As controvérsias nas igrejas existem como resultado desses ataques. Isto não existiria se os líderes e ministros de música examinassem, com oração e humildade, a vontade divina na Bíblia e no Espírito de Profecia, dispondo-se a praticá-la. A história do rei Davi, cantor e harpista no antigo Israel, nos ensina que precisamos estar no mínimo bem informados quanto à maneira de uso da música nos cultos, a fim de que se possa melhor desenvolver e orientar esse ministério. Especialmente os líderes pastorais, em geral, têm grande influência na música dos cultos e das igrejas. O exercício dessa influência não deve limitar-se apenas a baixar decretos proibindo esta ou aquela música, a censurar este ou aquele instrumento musical; mas influenciar na escolha de pessoas de bom senso e equilíbrio emocional para serem treinadas, orientadas e com elas organizar o ministério de louvor musical. Todos os envolvidos na música da igreja precisam estar afinados para a glória de Deus e para que o evangelho chegue às pessoas da maneira mais bela e mais inspiradora. Estou muito seguro de que este livro – pela abordagem transparente, franca e biblicamente fundamentada do tema – pode constituir-se num poderoso instrumento de auxílio e orientação a todos os comprometidos com o ministério musical Adventista do Sétimo Dia.

Pr. Zinaldo A. Santos Pastor e jornalista, durante 40 anos liderou igrejas, coordenou departamentos e exerceu atividades editoriais na Casa Publicadora Brasileira, editora da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Ellen G. White, certa vez, escreveu:

“A música faz parte do culto a Deus nas cortes celestiais, e devemos esforçar-nos, em nossos cânticos de louvor, por nos aproximar tanto quanto possível da harmonia dos coros celestiais.” Patriarcas e Profetas, p. 594.

A música e a adoração têm andado de mãos dadas desde os tempos bíblicos. Todavia, a música na adoração tem se tornado um ponto de contenda que divide a igreja e, provavelmente, divide também os líderes da igreja no que se refere ao estilo da música. Mas sempre foi o propósito do Criador que Seus filhos vivessem em união. O livro bíblico de Atos relata sobre um alvoroço causado pelos judeus de Tessalônica contra Paulo e Silas por eles pregarem a verdade a respeito da Pessoa Jesus Cristo. Estes apóstolos, então, foram para Bereia.

“E logo os irmãos enviaram de noite Paulo e Silas a Bereia; e eles chegando lá, foram à sinagoga dos judeus. Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim.” Atos 17: 10 e 11, ACF.

Como povo de Deus, neste tempo em que vivemos, estamos agindo da mesma maneira que os judeus de Tessalônica – ao ponto de contrariar a verdade bíblica – ou estamos agindo da mesma maneira que os judeus de Bereia que foram considerados nobres por receberem bem a Palavra de Deus, examinando-a diariamente a fim de verificar se aquilo que era pregado por Paulo e Silas estava em conformidade com as Escrituras Sagradas.

“À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz neles.” Isaías 8:20, ACF.

“O testemunho de Jesus é o Espírito de Profecia.” Apocalipse 19:10, ACF.

Estamos no tempo do fim da história humana como a conhecemos até agora. Hoje, mais do que nunca, há a urgente prioridade absoluta de buscar o poder do Senhor na vida individual e na vida da igreja. Reavivados pela Palavra de Deus e por fervorosas constantes orações, vamos nos unir para crescer no discipulado de nosso Salvador e crescer na comunhão com Ele e uns com os outros. Vamos nos unir em total integração para cumprir a missão de pregar o Evangelho, vivendo o verdadeiro reavivamento e a verdadeira reforma à espera do Seu retorno para estabelecer Seu reino eterno. Este estudo de nosso irmão Leandro Dalla – “Música no Tempo do Fim” – alerta para que examinemos as vozes autorizadas por Deus que são as Escrituras Sagradas e o Espírito de Profecia, e as examinemos com seriedade e profundidade. Assim fazendo, obtemos sabedoria e conselhos para o entendimento de Sua vontade no que tange ao papel da música na adoração. Não tenho dúvidas de que este livro será uma bênção para o povo de Deus neste tempo em que nos encontramos. Recomendo-o como leitura e estudo a todas aquelas pessoas que desejam submeter-se à vontade do Criador do universo!

Pr. Antonio Soares Job Miapia Pastor na Associação Centro-Angola da IASD. Departamental de Música Sacra e Liturgia na Associação Centro-Angola. Mestre em Educação Musical pela Universidade Adventista das Filipinas.


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Categoria:CONCEITO DA MÚSICA

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